Dia da Visibilidade Trans: a luta é de todos nós
Escrito por Bárbara Boppré
No dia 29 de janeiro de 2004, em Brasília, foi organizado um movimento para lançar a campanha "Travesti e Respeito". Organizado pelo Programa Nacional de DST/AIDS em conjunto à Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o ato foi um grande marco na luta contra a transfobia, marcando a data como Dia da Visibilidade Trans.
Dia da Visibilidade Trans
As pessoas trans sempre foram alvo de preconceitos e políticas discriminatórias no Brasil. Por muito tempo, essa parcela da população viveu de forma marginalizada, sem acesso à condições dignas de vida.
Ainda hoje, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans. Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida média da população brasileira é de 74 anos, enquanto a das pessoas trans é de apenas 35 anos.
Por isso, desde 2004, o mês de janeiro simboliza o Janeiro Lilás, dedicado para conscientização da sociedade sobre os preconceitos, a violência e os direitos negados à população trans e travesti no Brasil.
As conquistas do Dia da Visibilidade Trans
Ainda que longe do cenário ideal, desde a implementação do Dia da Visibilidade Trans, em 2004, vários avanços foram percebidos na luta pelos direitos dessa parcela da população.
Agora, pessoas trans conseguem fazer tratamento de transição de gênero pelo SUS. Além disso, pessoas trans ganharam espaço para discutir com o governo federal sobre formas de inclusão no mercado de trabalho e eliminação de qualquer forma de discriminação e violência.
Para garantir justiça e igualdade, a mensagem é clara: a luta pelos direitos das pessoas trans não é somente delas, ela precisa ser de todos nós.
Uma mensagem de Beatriz Villar
Para explicar um pouco mais sobre o Dia da Visibilidade Trans, convidamos Beatriz Villar, do time Simple de Brasília, para falar sobre a data e a importância da inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho.