Dia da Visibilidade Lésbica: entenda a origem da data
O Dia da Visibilidade Lésbica foi instituído em 1996 em homenagem a data de falecimento de Rosely Roth, ativista dos direitos lésbicos.
Dia da Visibilidade Lésbica: entenda a origem da data
Durante a ditadura militar, ocorria no Ferro's Bar, em São Paulo, encontros entre grupos oprimidos, como os comunistas e também entre as mulheres lésbicas.
Um certo dia, o dono do bar chamou a polícia para acabar com os encontros, alegando ser contra a a venda do “Chanacomchana”, um jornal produzido pelas mulheres do Grupo Ação Lésbica Feminista que circulou entre 1981 e 1987 na cidade de São Paulo que debatia questões como a legalização do aborto, relacionamentos entre mulheres, maternidade e a perseguição da Polícia Militar contra lésbicas.
IMAGEM DO JORNAL CHANACOMCHANA
Diante do contexto, em 19 de agosto de 1983, mulheres do Galf deram início a um protesto no Ferro's Bar, ato que ficou conhecido como "o pequeno Stonewall brasileiro", em referência ao evento acontecido no bar gay de Nova York, que tomou proporções internacionais.
Ativistas lideradas por Rosely Roth invadiram o interior do Ferro’s e leram um manifesto contra a censura do bar, exigindo o respeito às mulheres lésbicas e que a venda do "Chanacomchana" fosse permitida, uma vez que elas eram as principais clientes do estabelecimento.
Surpreendentemente, após a leitura do manifesto, o dono do bar voltou a permitir o comércio do jornal, e também pediu desculpas às mulheres.
Rosely Roth faleceu em 19 de agosto de 2003, e com isso, foi eternizada a data em sua homenagem como o Dia do Orgulho Lésbico.
ROSELY LENDO O MANIFESTO LÉSBICO EM 1983, NO FERRO'S BAR
Após a morte de Rosely Roth, com a vinda dos anos 1990, houve crescimento nas maneiras de exercer o ativismo lésbico. Em 1996 houve o I Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE) , no Rio de Janeiro. O evento contou com a participação de cerca de 100 lésbicas, onde foi escolhido o dia 29 de agosto como Dia Nacional da Visibilidade Lésbica.
QUAL O MEU PAPEL NA LUTA PELA VISIBILIDADE LÉSBICA?
Dar voz: empregar mulheres lésbicas, doar para ONGs que apoiem a causa lésbica, apoiar o relacionamento de mulheres lésbicas, ouvir e apoiar sua amiga quando ela fala que se interessou por outra mulher, são pequenas ações que se implementadas diariamente, podem ajudar a vencer os preconceitos de uma sociedade conservadora e ainda tão machista. A luta é de todas (e de todos) nós também!
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Fontes:
Por que substituímos a sigla “GLS” por “LGBTQIA+”?
Revista Híbrida