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Petrolato em cosméticos: por que evitar?

Sua maquiagem, skincare e até shampoo podem conter petróleo na formulação, sabia? Salvo as formulações limpas, é claro!

Você tem o hábito de ler os rótulos dos produtos que usa diariamente? Um ingrediente que pode estar no seu cosmético é o petrolato — insumo produzido à base de petróleo que não é biodegradável. Mas a pergunta que não quer calar é: por que essa matéria-prima ainda é usada em pleno 2024? 

Com tanta tecnologia e informação à disposição, fica difícil entender o que leva marcas tradicionais a colocarem no mercado produtos com ingredientes que fazem mal à pele e ao meio ambiente.

Vem entender tudo sobre o petrolato e descobrir motivos para amar, ainda mais, a beleza limpa!  

O que é petrolato? 

Derivado do pétroleo, é amplamente utilizado na indústria de cosméticos devido às suas propriedades emolientes e a sua capacidade de formar uma barreira protetora na pele – que ao invés de hidratar de verdade, só retém a umidade por mais tempo. 

Na hora de localizar o petrolato no rótulo, fique de olho, ele pode estar com outros nomes como: parafina líquida, vaselina, petrolatum ou óleo mineral. Todos esses são derivados do petróleo refinado e, a lista completa, você encontra no final desse post. 

Por que o petrolato é utilizado em cosméticos?

Como já falamos, os petrolatos são conhecidos por criarem uma camada na pele que ajuda a reter a umidade. Além disso, apresentam custo-benefício para o fabricante. Primeiro porque têm uma vida útil longa e não se decompõem facilmente e também porque são relativamente baratos e ajudam a reduzir o custo de produção. 

Mas fica a reflexão: às vezes, o barato sai caro para o consumidor final e para o planeta. Os recursos naturais estão se esgotando, e o petróleo – recurso natural não renovável —, promove um impacto ambiental enorme, desde sua extração até sua utilização final. 

O petrolato faz mal? 

Nos Estados Unidos ele é listado como um ingrediente tóxico, já na União Europeia, o fabricante precisa comprovar o processo de refinamento. No Brasil, não há legislação para o uso do petrolato. Porém, não é preciso uma lei para adaptar sua rotina, eliminando o ingrediente do seu skincare.

Ainda não se convenceu? Listamos aqui, alguns motivos para te convencer de tirar esse ingrediente da sua rotina de autocuidado. Confira abaixo:

  • Possíveis contaminantes: embora os petrolatos sejam refinados para uso cosmético, há preocupações sobre a presença de contaminantes como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), que são potencialmente cancerígenos. Mas quando refinado de maneira correta, o petrolato não tem problemas de segurança

  • Barreira artificial: a camada protetora que os petrolatos formam na pele pode impedir que ela respire adequadamente e bloquear os poros, levando a problemas como acne e irritações.

  • Ausência de nutrientes: ao contrário de óleos naturais, os petrolatos não contêm nutrientes benéficos para a pele. Eles simplesmente criam uma barreira sem fornecer vitaminas ou ácidos graxos essenciais.

  • Impacto ambiental: os petrolatos são derivados do petróleo, uma fonte não renovável. Seu uso contribui para a dependência de combustíveis fósseis e pode ter impactos negativos no meio ambiente.

  • Fora tudo isso, já perdemos as contas de quantos desastres naturais envolvendo derramamento de petróleo acontecem nos últimos tempos. Eles vazam no oceano e mares, e impactam diretamente na vida marinha e quem depende dela para viver. 

    + Dia Mundial dos Oceanos: saiba tudo sobre o projeto Rede contra Redes

    Alternativas ao Petrolato

    A boa notícia é que já existem alternativas naturais e de impacto positivo, amplamente utilizadas na Beleza Limpa que podem ser usadas para substituir o petrolato, como os óleos vegetais. Eles são naturais, ricos em nutrientes que realmente hidratam, e podem ter efeitos terapêuticos.

    Veja algumas alternativas de ingredientes para ficar de olhos nos rótulos:

    1. Óleo de Coco: rico em ácidos graxos, é altamente hidratante e possui propriedades antimicrobianas. Nosso Demaquilante multifuncional é feito com ele. 

    2. Manteiga de Karité: um emoliente natural que nutre a pele e os cabelos com vitaminas A e E.

    3. Óleo de Jojoba: similar ao sebo produzido pela nossa pele, é facilmente absorvido e não obstrui os poros.

    4. Óleo de Pataua:  é rico em ácidos graxos essenciais, que faz com que ele possua propriedades revitalizantes que conferem benefícios tanto para a saúde da pele quanto dos cabelos, principalmente do couro cabeludo.
       
    5. Óleo de Andiroba: altamente emoliente, é indicado para renovação e regeneração de diversos tipos de pele, principalmente as mais sensíveis. 

    6. Óleo de Copaíba: é rico em beta-cariofileno, componente com propriedades calmantes, anti-irritantes e protetoras. Por isso, é um ativo poderoso para tratar as peles oleosas e acneicas. 

    Petrolato no cabelo faz mal?

    A esta altura do post, muito provavelmente os petrolatos não saem da sua cabeça e você já deve imaginar que eles também não fazem bem para o cabelo ou couro cabeludo. Isso porque eles estão presentes nos itens de haircare, como os shampoos. 

    Como alternativa às fórmulas tradicionais para cabelo, experimente usar produtos sólidos: conheça nossa linha completa para todos os tipos de cabelo. Além de serem plastic-free, eles são enriquecidos com ativos de skincare e, claro, sem petrolatos!

    Como identificar Petrolato nos cosméticos?

    Pra não ter erro, reunimos aqui, todos os possíveis os nomes que o petrolato pode ter, então já prepara o print! Ah, os mais comuns são: parafina líquida, vaselina, petrolatum ou óleo mineral. 

    Confira a lista completa: 

    • Mineral Oil
    • Paraffin 
    • Paraffinum Liquidum
    • Petrolatum
    • Red Petrolatum
    • C10-11 Isoparaffin
    • C13-14 Isoparaffin
    • C13-16 Isoparaffin
    • C15-35 Isoparaffin/Isoalkylcycloalkanes
    • C18-50 Isoparaffin 
    • C18-70 Isoparaffin
    • C20-40 Isoparaffin
    • Chlorinated Paraffin 
    • Beta-Methyl-cyclododecaneethanol 
    • Diisocetyl Dodecanediate 
    • Dioctyldodecyl Dodecanedioate 
    • Dodecane
    • Dodecanedioic Acid
    • Dodecanedioic Acid/Ceteatyl Alcohol/Glycol Copolymer
    • Dodecanenitrile 
    • Epoxycyclododecane 
    • Ethylene Dodecanedioate 
    • Isododecane 
    • Methoxycyclododecane 
    • Tetramethyl-5-Oxatricyclodecane 
    • C7-8 Isoparaffin
    • C8-9 Isoparaffin
    • C9-13 Isoparaffin
    • C9-14 Isoparaffin
    • C9-16 Isoparaffin
    • C10-13 Isoparaffin

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