Esfoliação física e química: diferenças, benefícios e indicações
Quando falamos de skincare, tem uma etapa que merece atenção especial: a de esfoliação. O motivo é que, nessa fase dos cuidados com a pele, acontece a renovação das células, eliminando aquelas que estão mortas, estimulando a produção de outras novinhas em folha e abrindo caminho para os próximos produtos que serão aplicados. Além disso, potencializa a limpeza da pele, controla a oleosidade, remove impurezas e desobstrui poros.
"O acúmulo de sujeira na pele do rosto leva à oclusão dos poros e favorece o aparecimento de cravos e espinhas, além de contribuir para o envelhecimento precoce". Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Mas esfoliação não é tudo igual. As duas mais conhecidas são a esfoliação química e a esfoliação física. Vem que a gente te conta as diferenças entre elas e como cada uma funciona.
Esfoliação química x Esfoliação física
Você com certeza já deve ter se deparado com os termos "esfoliação física" e "esfoliação química" nos rótulos de cosméticos, né? Chegou a hora de esclarecer, de uma vez por todas o que é cada uma.
Esfoliação física ou Esfoliação Mecânica
Sabe aqueles cremes e géis com pequenos grânulos? Esse é o esfoliante do tipo físico, ou seja, esfolia através do atrito das partículas com a pele.
Segundo a Harvard Health Publishing, a esfoliação mecânica pode melhorar o brilho da pele, removendo a camada de células mortas que pode torná-la opaca.
Nos esfoliantes convencionais, essas microesferas comumente de plástico são poluente e, quando tomamos banho ou enxaguamos o rosto, caem em água corrente, e são consumidas por peixes e animais marinhos. Quando eles não morrem, acabam sendo ingeridos por nós considerando a cadeia alimentar.
Já no Clean Beauty da Simple, os produtos para essa finalidade contam com scrub de semente de azeitona e scrub de cristais de quartzo, por exemplo. A semente de azeitona, que seria descartada, é reaproveitada, ganhando uma nova função: a de renovador celular da pele. Esse processo de reutilização é o que chamamos de Upcycling Beauty, mas isso é uma conversa para outro post.
Esfoliante químico
O esfoliante químico, por sua vez, é aquele que não precisa ser friccionado na pele, pois sua fórmula é feita com ácidos capazes de promover a renovação celular sozinhos.
Eles atuam em um nível mais micro para ajudar a dissolver o excesso de células mortas e uniformizar o tom da pele. Eles também restauram o brilho da pele, melhoram a acne e dão à pele um pouco mais de brilho. É o que diz a Harvard Health Publishing.
Dá uma olhadinha nos ingredientes dos produtos que estão na sua bancada: se eles contêm Ácido Glicólico, Ácido Mandélico, Ácido Salicílico, Ácido Lático ou Gluconolactona, por exemplo, eles serão os responsáveis por realizar essa tarefa de revitalização da pele sem qualquer ação mecânica, de forma delicada, e na camada superficial da pele de forma segura e controlada. A concentração desses ativos é diferente daqueles utilizados em consultórios médicos, ok?
Como começar a esfoliar a pele
Se você nunca esfoliou antes, comece aos poucos para que a pele do seu rosto e corpo vá se adaptando ao processo independentemente do tipo de esfoliação que vá fazer. Assim você consegue entender como sua pele reage.
Se a reposta for positiva, você está aprovada para seguir em frente, mas cuidado com a frequência: ela irá depender do seu tipo de pele. Em geral, as peles oleosas aceitam bem de uma a duas vezes na semana. Mais que isso, o processo pode ser prejudicial por alterar a barreira de proteção e até causar efeito rebote. Já nas peles sensíveis, é indicada menor constância para evitar irritação. O mesmo vale para as peles secas e peles maduras.
O mais importante de tudo é sempre seguir as orientações do seu dermatologista. É ele que vai indicar a periodicidade, os produtos e o método mais adequados para as suas necessidades e objetivos.
E você, já é adepta da esfoliação?
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia; Harvard Health Publishing.