Dia das Crianças: tudo sobre cosméticos infantis
Se você tem filhos nascidos a partir de 2010, com certeza eles já foram impactados com vídeos de influenciadores falando sobre suas rotinas de beleza e testando cosméticos em redes sociais como o TikTok.
Estamos falando da Geração Alpha, aqueles que já nasceram tendo contato com o mundo digital. Mais que entendidos no assunto, eles conhecem os ativos que viralizaram, têm uma lista de produtos que desejam, e adoram ser presenteados com cosméticos que estão bombando.
Mas será que eles realmente precisam de ácidos que rejuvenescem, séruns que tratam manchas, esfoliantes para renovação celular, cremes antiolheiras e outros itens com tecnologia anti-idade para cuidar da pele nessa idade? Não, isso é coisa de adulto!
E o que fazer com esse grande interesse das crianças pelo autocuidado?
A resposta está em buscar marcas que oferecem produtos destinados a esse público, que comprovam todos os requisitos de segurança para as categorias de cosméticos infantis comercializados. Conversar com um pediatra ou dermatologista irá ajudar e muito nesse caminho para que você se sinta mais segura.
A partir de qual idade a criança pode começar a fazer o skincare?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), não há uma idade certa para começar os cuidados com a pele das crianças. Há produtos que são atestados para uso desde os primeiros dias de vida. "Os efeitos prejudiciais à saúde infantil ainda são pouco esclarecidos e, em relação aos cosméticos, podem ser potencializados pelo fato de estes serem utilizados repetidas vezes durante a vida."
O que dizem a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)?
A SBD alerta sobre o que é saudável e o que representa riscos para o bem-estar infantil quando o assunto é skincare. “A exposição a conteúdos inadequados pode resultar em práticas prejudiciais, especialmente considerando que a pele das crianças apresenta características únicas”, explica o presidente da entidade, Dr. Heitor de Sá Gonçalves.
Vamos explicar. A pele das crianças é extremamente sensível, fina, frágil e passa por um contínuo processo de adaptação ao ambiente. A imaturidade da barreira cutânea diminui significativamente as defesas da pele, fazendo com ela fique mais suscetível a alergias e irritações. Por isso, o uso de produtos cosméticos por crianças requer uma seleção feita a dedo, dentro da sua faixa etária, para preservar a integridade da barreira da pele e evitar dermatite e psoríase, por exemplo.
Por isso, crianças devem usar cosméticos formulados especialmente para elas. É o que diz a SBP. "Eles passam por testes que medem a segurança do consumidor, avaliando, por exemplo, seu potencial de irritar a pele e de provocar alergias."
Além disso, a Anvisa traz regras rigorosas para a liberação de produtos destinados aos pequenos. "Então, antes de comprar qualquer produto para a criança, os pais devem observar se ele é liberado pela Anvisa, apresenta o número de registro ou número do processo na embalagem, e se é adequado à idade da criança."
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).